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Croqui do RubinhoCom mais de 40 linhas em menos de 6 meses, já era hora de catalogar o Rubinho. Já deu pra perceber que o foco esse ano tem sido por lá, assim como no ano passado foi o Aranha e no retrasado o Áreas. Uma bola de cada vez…

Obviamente, o desejo geral era um croquizão de todos os mais de 10 setores de boulder da região, mas minha experiência no croqui do Áreas me mostrou que rapadura é doce mas não é mole.  Mapear boulders é um p*#@ta trampo, principalmente se quisermos algo realmente útil, que guie alguém de maneira independente, como o guia de Bishop (o melhor que eu já tive em mãos). É como se cada bloco fosse uma mini-falésia, sem chapeletas indicativas, e um simples rabisco indicando a linha não é suficiente no microcosmo boulderista onde uma mera mudança de agarra inicial pode fazer diferença. Supondo um setor com uns 30 blocos, seria como se fossem 30 croquis de falésia.

Mas vale ressaltar a questão do direito autoral, que em boulder também é um pouco mais complicado. Já usaram até esparadrapo para demarcar primeiras ascensões em blocos e, no caso da minha saudosa “terra natal” (RJ) onde a prática de subir blocos existe desde os anos 80, nos restava recorrer à memória dos grandes pioneiros. Com o vai e vem de gerações, ciclos e hiatos de inatividade, é comum ouvir questões em todo o mundo sobre gente nova (re)descobrindo pedras já visitadas em outras épocas. Na ausência de proteções fixas, essa questão se estende facilmente às vias tradicionais, vide discussões acaloradas nas listas por aí afora…

Portanto, no balanço geral, se quisermos preservar o valor histórico de nossa atividade, temos que nos dar o trabalho de documentar. Então se continuar quase nevando aqui em casa, em breve o croqui do Rubinho estará no ar! :-)