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Sampa days

Faz tempo que gostaria de registrar a minha opinião sobre São Paulo, 5 anos após deixar de ser morador daquela cidade e virar um visitante “quase-turista”.

Dá saudades:

– A gastronomia da cidade, onde pode-se comer desde comida da Mongólia, até as melhores pizzas do planeta. E seguindo uma indicação de amigo, percebi que ainda é possível comer e beber bem em SP,  a preços justos!

– Bom atendimento (vc só irá sentir falta disso depois de conhecer o ‘refinado’ atendimento ao cliente do RJ)

– Vida noturna: se vc é playboy, punk, metaleiro, sadomasoquista, ou etc., irá encontrar uma opção em Sampa, de segunda a segunda.

– A mistureba cultural que só temos acesso “físico” nas maiores cidades do mundo.

– Ginásios de escalada.

Não suporto:

– Primeiro lugar disparado, o trânsito 24/7,  sem soluções.  Centenas de milhares de horas de nossas vidas jogadas no lixo. Se chover então, multiplique isso pelo número de enchentes. Congestionamentos épicos dignos de cidade grande… só vi pior em Bangkok, onde os semáforos demoram 5 minutos e os thais esperam horas com um sorriso no rosto.

– Urbanismo fechado da cidade. Devido à falta de segurança, poucas áreas verdes, praças habitáveis, etc., é tudo trancado a portões altos beirando calçadas estreitas, vc sai de dentro de um lugar e corre pra dentro de outro. Pouca coisa é “pra fora”. Paredes sempre te cercando. Sinto falta de lugares abertos. Isso se reflete claramente na personalidade do paulistano, povo fechado. As multidões que caminham nas ruas estão atrasadas pra algum compromisso, ninguém com tempo pra parar e sorrir. Se vc esbarrar em alguém, vão te responder educadamente “perdão” com um semblante sério no rosto. Uma polidez robótica e impenetrável. Tenho dó das crianças que crescem nesta cidade!

– Poluição. Perceptível logo ao chegar, já nas vias periféricas da cidade. Pior ainda pra quem tem rinite alérgica, como eu.

– Os horizontes quadrados. Pois é, olhar pro “infinito” e só enxergar cimento e concreto é deprimente.

Interessante que listei mais coisas boas do que ruins, porém desenvolvi mais as ruins. Vamos ver como eu olho pra isso daqui uns tempos…