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Grajaú

Conversando com um amigo escocês que atualmente mora aqui no RJ, ouvi uma opinião que pode surpreender os céticos: se pegarmos um setor de boulders lá da Reserva Florestal do Grajaú, localizada na zona norte do Rio, é comparável a um setor de Fontainebleau como Bas Cuvier. É isso aí brasileirada, pasmem…

Eu já estive em “Bleau” e até então achava um exagero absurdo a comparação acima citada. Veja bem, a idéia desse post não é estimular polêmicas duvidosas, mas sim convidá-los a visitar o Grajaú! Posso garantir que, para quem nunca foi, se sentirá como criança adentrando um parque de diversões… é pedra para todos os lados, você vai sair correndo sem saber em qual brincar primeiro. Tem de tudo: highballs, lowballs, problemas de V0 a V-Projeto em negativinhos, negativões, tetos, travessias, botes, bases boas e até um gigantesco maciço para escaladas tradicionais (Pico do Perdido do Andaraí). Em detalhes, existe lá o primeiro boulder de nono grau (V9) do país, o “Olhos de Fogo”, escalado pelo Paulo “Macaco” na década de oitenta ; sem falar da cave do “Edmundo”, uma fenda/teto com mais de 15 metros em agarras boas, no máximo a 2 metros do chão. O único detalhe que costumam comentar é a abrasividade, um granito que exige certa aclimatação (leia-se tolerância a dor :-) portanto prepare sua pele! Para maiores informações, procure pelo “Guia de Escaladas do Grajaú“, escrito pelo escalador local André “Maluquinho”.