Ainda não sei o futuro deste site no ano que vem, provavelmente o diário ficará bem mais pontual e darei melhor destaque ao repositório de minhas fotos, vídeos, receitas e ainda tenho a ambição de difundir todo um conteúdo gratuito voltado à panificação artesanal, focada na fermentação natural. E entre bits e bytes, vamos vivendo!
Por aqui, este foi um ano de grande amadurecimento pessoal. Apesar de já fazerem 5 anos desde que me propus esta drástica mudança em minha vida, somente agora começo a solidificar este meu novo caminho. Justifico a drasticidade: abandonei 15 anos de carreira bem sucedidos (recebo propostas de trabalho até hoje) pra viver literalmente no pé de uma montanha, com uma pequena fração do que eu ganhava antes.
99% das pessoas me perguntam sobre essa mudança e nunca escrevi a respeito. Sempre respondo, pacientemente, que é mais simples do que se imagina, que é obviamente bom demais viver fora do caos da cidade grande, uma ânsia compartilhada por muita gente. Porém, me resguardo e acabo omitindo que a rapadura é doce mas não é nem um pouco mole…
Convenhamos, o mundo de hoje anda pra lá de triste: muita gente angustiada, exaustos do dia a dia, sonhando com férias, desejando mudanças, desabafando, chorando, enfim… reclamando da vida. São mais casais se separando do que se unindo no longo prazo, gente com dinheiro e sem felicidade, outros sem dinheiro e indo de mal a pior. Viver fora dessa curva certamente não é uma questão de apertar um botão, fazer as malas e acordar ao som de passarinhos cantando na araucária ao lado de casa. Essa tal da “mudança” se conquista ao longo de muitos anos, desde quando sua identidade começou a se formar no berço e vai construindo a sua essência em cada etapa da vida, com muita luta, fazendo de você quem você é hoje, único responsável pelas desgraças e alegrias que te acontecem. Resumindo essa abstração toda, pasmem meu povo: é possível sim acordar em paz com toda segunda-feira, sem estar cansado do cotidiano, sem desejar fugir para uma viagem, sem querer mais mudanças, sem resoluções para todos os anos novos a seguir. Recorro ao velho chavão… só depende de você!
Um brinde à plenitude!