Conforme prometido, aqui vai o curta a respeito da SOS Sapatilha. Procurei ilustrar nestes 9 minutos um pouco da história e evolução deste serviço que o Belê iniciou ainda nos anos 90, primórdios da sua sonhada trajetória e hoje realidade, que é viver da escalada. Se as ressolas continuam bombando até hoje, só pode ser sinal de competência…
Confesso que antes de vir para São Bento eu não conhecia o perfeccionismo do Belê assim, de perto. É do tipo que não aguenta ver nada “meia boca” que ele vai lá e melhora, não deixa pra depois. Transparece em tudo o que faz, pois vem da personalidade. Um exemplo recente foi quando ele veio com essa ideia maluca de fazer uma réplica da Pedra do Baú lá no BBLOC, uma mega escultura de fibra, algo que só se vê em (alguns) ginásios gringos. Por essas e outras que eu procurei ressaltar no vídeo a sua habilidade manual, destacando o valor artesanal de uma ressola, algo que eu confesso ter sido ignorante até então, com meus olhos utilitários de cliente.
Por fim, há o complemento de uma linha recente lá no Rubinho, batizada de Batoré, com grau sugerido em V9. Há um movimento incrível ali que envolve o entalamento das costas das mãos, na juntada do buraco inicial (tão singular que inspirou o nome do boulder). Apesar da presença de agarras perfeitas naquela face, é a inclinação (deve chegar a 45 graus) que complica as passadas. Mais um boulder pra enriquecer o seleto grupo “five stars” da região…