Este fds tudo ia normalmente. Mas aconteceu algo raro que eu precisava deixar anotado: coincidências. Múltiplas, reincidentes. Por pelo menos 3 ocasiões, em menos de 48 horas, reencontrei pessoas totalmente no acaso (em locais improváveis), 2 delas eu não via a mais de 7 anos. Será que eu devia ter jogado na mega-sena? Será que se eu sair na rua agora irei trombar com um amigo de infância? Não duvido de mais nada…
Como diriam os cariocas, fiquei meio “bolado” com isso. Essa situação, em que vc está andando por algum lugar e de repente alguém inesperado grita o seu nome, com certeza já aconteceu com todos, certo? Eu, cético como sempre, atribuí tudo ao acaso. Mas se for pensar mais a fundo, tem tanta coisa importantíssima nessa vida que nos vêm por acaso, um cruzamento de vidas é tão aleatório como um encostar de 2 grãos de areia, porém com significados irreversíveis. O amor é um exemplo fatal, ninguém escolhe racionalmente, é algo que simplesmente “acontece”. A arte do cinema já tentou ilustrar isso diversas vezes, um exemplo são as narrativas não lineares de filmes como Pulp Fiction ou a porrada recomendadíssima do Amores Perros. Tem até filósofo/psiquiatra especialista nesse negócio das coincidências ou dos inexplicáveis fenômenos não causais.
Existe (existiu) um fotógrafo outdoor “das antigas” – que admiro muito – o Galen Rowell. Gosto quando ele humildemente diz que a sorte desempenha um grande peso no resultado de suas imagens. Fato este descoberto depois de tentar, sem sucesso, reproduzir algumas de suas clássicas fotografias, mesmo que utilizando o mesmo equipamento, trabalhando nos mesmos locais e horários, concluindo que as combinações de formas e luzes são realmente infinitas e únicas. Porém esta sorte não se traduz na chance de ganharmos na loteria, mas sim a “sorte” daqueles que se fazem abertos e receptivos à “sorte”, se entregando profundamente às suas áreas de interesse.
Enfim, tá registrado. Let it be!