Continuando o “diário de experiências fotográficas” na escalada:
As 2 imagens acima seguem uma característica comum, que é o enquadramento maior do sujeito. Isso elimina alguns aspectos mais amplos (principalmente em vias) como as questões “aonde o escalador está indo?” ou “como é esta linha toda?”. Por outro lado, abre-se a possibilidade de captar expressões faciais, detalhes da formação rochosa, agarras – o foco converge para a situação do escalador em um trecho particular da pedra, mais importante que a totalidade do cenário em si. É este tipo de foto que vemos mais em publicidades de revistas do gênero, pois obviamente fica mais fácil de associar a imagem de uma pessoa.
Compor o que sobrou do retrato é importante para darmos um mínimo de referência sobre onde o sujeito se encontra no espaço, evitando que a foto só faça sentido aos escaladores que consigam remeter suas lembranças pessoais do local com a foto em si. Ex: as árvoves tão altas quanto o escalador, o solo distante, o caminho de pedras no chão margeado pela floresta escura, com a parede clara “crescendo” vertiginosamente, etc – são detalhes que não desperdiçam o restante da imagem mas sim ajudam a completar o impacto final. Lente grande angular é essencial neste ponto. Uma pena que eu não consegui mostrar a pega direita do Alexis, um regletinho – daria mais dramaticidade ao difícil movimento.
Bons ventos a todos!